A prova objetiva do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá em outubro, servirá como primeira fase do vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ao contrário de anos anteriores, agora o Ministério da Educação (MEC) vai divulgar separadamente as notas das cinco áreas que serão avaliadas (linguagem, ciências da natureza, ciências humanas, matemática e redação). Para calcular a média da primeira fase, a Comissão do Vestibular (Covest) da UFPE aplicará um peso, por área, definido pelo conselho universitário, diferente do estipulado pelo Enem. Se comparado ao último vestibular, houve mudanças em todos os pesos das disciplinas. A mais significativa é em matemática, cujo peso praticamente dobra: em vez de valer 8,33%, passa a compor 15% da média final do peneirão.
Até o ano passado, para calcular a média do candidato na etapa inicial, a Covest fazia uma média aritmética das três partes da primeira fase. Cada conjunto de testes valia 33,3% da nota final (português, com 12 questões, história, geografia e língua estrangeira, com 28 questões, e biologia, física, matemática e química, com 40 questões). A partir de agora, com a reorganização das disciplinas por áreas determinadas pelo MEC, o conselho universitário definiu uma nova distribuição: português, 30%, matemática, 15%, ciências humanas (história e geografia), 22,5%, ciências da natureza (química, física e biologia), 22,5%. Os 10% restantes referem-se à avaliação de língua estrangeira, que será realizada na segunda fase, uma vez que o Enem não contempla a disciplina.
“Não haverá ponto de corte na primeira etapa. Mas o conselho universitário definiu o peso de cada área do Enem para a primeira fase. A UFPE apontou para a mudança quando adotou integralmente o exame no seu vestibular. Mas para salvaguardar a estrutura do atual processo, em respeito aos estudantes que já vinham se preparando, não poderíamos alterar significativamente o peso das disciplinas”, ressalta a presidente da Covest, Lícia Maia.
Português e literatura, portanto, continuam sendo as matérias de maior peso no peneirão, uma vez que o teste de linguagem valerá 30%. Os feras devem, por isso, reforçar o estudo dessas disciplinas, que mais valem na etapa inicial do vestibular da UFPE. O destaque é matemática, que no Enem ganha uma prova separada das demais matérias. A área das ciências matemáticas será responsável por 15% da nota do candidato na primeira fase da UFPE. Um bom desempenho nesta área é importante para aumentar a média final.
Ciências humanas e ciências da natureza ganharam a mesma pontuação na Covest, 22.5%. Ao separar os pesos por matéria, observa-se que história e geografia valerão, cada, 11,25% da média. Nas ciências da natureza, os 22,5% são divididos por três (física, química e biologia). Cada uma dessas disciplinas será responsável por 7,5% da nota, quando ano passado valiam 8,33%.
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Federal do Vale do São Francisco (Univasf) também definirão seus pesos. A Rural promete divulgá-los na próxima semana. A Univasf, somente em junho ou julho.
Confira série de matérias publicadas no JC sobre o novo conteúdo do Enem:
» Muito além da gramática
» Para fazer uma boa prova, é preciso ler e se informar
» Teste de física cobra temas do cotidiano
» Biotecnologia: chave para os feras
» Química pode ser aplicada ao cotidiano
» Fera livre da ditadura de fórmula e decoreba
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